quarta-feira, 8 de junho de 2011

Sistema Digestório



O aparelho digestivo das aves mostra muitas modificações interessantes, algumas das quais estão associadas à ausência de dentes, neste grupo. Como não existem lábios, não há glândulas labiais na boca, nem glândulas intermaxilares. Entretanto as glândulas sublinguais estão presentes.

Sistema Reprodutor


As aves são dióicas, com fecundação interna, ovíparas e com desenvolvimento direto. A fecundação ocorre geralmente na região superior do oviduto, as glândulas da parte posterior secretam as membranas da casca quando o ovo está pronto para a postura. A fêmea possui apenas um ovário, que produz grandes óvulos. Os ovos são chocados pela fêmea, pelo macho ou pelos dois, geralmente, em ninho. O período de incubação dura de 20 a 30 dias.
Nos ovos, existem substâncias (o vitelo) que nutrem o filhote em formação. A casca é porosa e apresenta minúsculos orifícios, que permitem a troca de gases, mas não a saída da água do interior do ovo, o que deixaria o embrião desidratado e o levaria a morte.

Sistema Excretório


As aves possuem rins metanéfricos e a principal excreta nitrogenada é o ácido úrico. A urina é pastosa, para a economia de água.

Sistema Circulatório


Funções
Levar até as células gás oxigênio, nutrientes, água e sais minerais, e das mesmas retirar gás carbônico e excretas nitrogenadas. Transportar anticorpos, células de defesa e outras proteínas importantes para os processos biológicos, como, por exemplo, os hormônios. Também tem função na manutenção da temperatura corporal e, na ereção do órgão sexual masculino.

Pequena circulação ou Circulação pulmonar
O sangue venoso sai do átrio direito passa pela válvula tricúspide e chega ao ventrículo direito, ao sair do coração passa pela artéria pulmonar indo em direção aos pulmões. Nos pulmões serão realizadas as trocas gasosas e a consequente transformação de sangue venoso em sangue arterial, que retornará ao coração pelas veias pulmonares entrando pelo átrio esquerdo, passando para o ventrículo esquerdo através da válvula bicúspide ou mitral.

Grande circulação
O sangue arterial (rico em gás oxigênio) sai do ventrículo esquerdo pela artéria aorta, sendo distribuído para todo o corpo e retornando já sangue venoso (rico em gás carbônico) ao átrio direito tanto pela veia cava inferior como pela veia cava superior.

Aparelho Respiratório


O Aparelho respiratório das aves é extremamente eficiente e, conseqüentemente, mais complicado do que em outros vertebrados de respiração aérea. Como nos mamíferos, a glote localiza-se no assoalho posterior da faringa e abre-se na laringe ou parte superior expandida da traquéia.

A câmara expandida da siringe é chamada de tímpano e, na maioria das vezes, é rodeada por anéis traqueais e brônquicos. Estendendo-se para o interior do tímpano, a partir da fusão medial dos brônquios, existe uma estrutura óssea, chamado péssulos, a que se prende uma pequena membrana vibratória, chamada membrana semilunar.

Nas aves cantoras, todas estas estruturas são providas de músculos siríngicos, cujos movimentos são responsáveis pela diversidade de sons produzidos. Pode haver até nove pares de músculos siríngicos, em algumas espécies. Alguns tipos de aves, como, por exemplo, o avestruz e o urubu, não possuem siringe.
As espécies com traquéia longa são capazes de apresentar ressonâncias de freqüências mais baixas do que as espécies em que a traquéia é mais curta.
os pulmões das aves são ligados a nove sacos aéreos, situados em várias partes do corpo. Estes são: um saco interclavicular único, um par de sacos cervicais, um par de sacos torácicos anteriores, um par de sacos torácicos posteriores e um par de sacos abdominais.

Como as aves nao possuem diafragma, a respiração se faz às custas de movimentos das costelas e do esterno. A respiração parece ser sincronizada com os movimentos das asas, durante o vôo.
Os ossos pneumáticos principais são: o úmero, o esterno e as vértebras, ainda que, em algumas espécies, outros ossos também possam ter espaços aéreos. Uma ave, com a traquéia oclusa e um úmero quebrado, pode respirar através de uma abertura deste osso.
As aves, que mergulham, como o biguá, o pingüim, o mergulhão, seus companheiros e várias alcas, desenvolveram adaptações semelhantes às dos mamíferos marinhos, em muitos aspectos. Manter-se embaixo da água, durante muito tempo, para assegurar o alimento, requer um peso específico baixo, próximo ao da água, que é muito mais densa do que o ar. Por isso, as aves mergulhadoras expiram, quando afundam na água, de modo muito semelhante ao das baleias ou golfinhos.
Para que o sistema nervoso central e o coração recebam o suprimento de oxigênio adequado, muitos dos vasos sangüíncos contraem-se de maneira que o fluxo sangüínco se reduza nas regiões não vitais.

Siringe (Cordas Vocais)


A. siringe traqueobronquial de Neodrepanis coruscans
B. siringe traqueal de Conopophaga aurita
C. siringe bronquial de Steatornis caripensis
D. siringe traqueobronquial de Arachnothera longirostris 

Sistema Nervoso



O cérebro de uma ave é proporcionalmente maior que o cérebro de um réptil e possuem 12 pares de nervos cranianos.

Respiração

Os pulmões das aves são compactos e muito eficientes. Estão ligados à estruturas muito importantes chamadas sacos aéreos, que trabalham para a diminuição da densidade da ave durante o vôo.
Na base da traquéia há uma estrutura chamada siringe, com músculos vocais, responsáveis pelo canto.
Há aves, como o avestruz e o urubu, que não possuem a siringe.

Função, Crescimento e Distribuição das Penas


FUNÇÕES DAS PENAS
Proteção do corpo (contra choques mecânicos, físicos, agressões, chuva, ação dos raios solares e, principalmente, mudanças bruscas de temperatura) e auxílio do vôo
Mais penas no inverno que no verão.
Penas das corujas
Penas modificadas em cor e forma durante a corte e acasalamento, podem produzir sons.

 O CRESCIMENTO DAS PENAS:
  • A partir da base
  • Estímulo para a muda: pena "nova" empurrando a "velha"
  • Crescimento varia dependendo da idade, espécie, dieta...
  • Durante a muda, deve haver alimento disponível
DISTRIBUIÇÃO DAS PENAS:
  • Pterilas e aptérias
Tratos alar e caudal: rêmiges e retrizes
Rêmiges
Primárias: maiores e mais distais (mão), de 9 a 11.
Secundárias: menores e mais proximais (ulna), de 6 a 40.
Alula: polegar
Retrizes
Cauda, de 8 a 24

A MUDA DAS PENAS:
  • Função principal: substituição de penas desgastadas
  • Demais funções: fornecer plumagem de corte, promover higiene do animal
Em geral, duas mudas anuais: pré e pós-nupcial.
Mudas em bloco: marrecas e saracuras

Mudas de susto (cauda e barriga): galináceos (Crax), pombas (Columbina), sabiás (Turdus), papagaios (Amazona).
A muda não deve prejudicar as funções das penas (proteção e vôo). Alta demanda de energia.
Padrões de muda: primárias e secundárias

Penas


PENAS

· Tipos de penas:
  1. Penas de contorno: cobrem o corpo e auxiliam no vôo.
Partes das penas
  1. Plumas: geralmente curtas e localizadas abaixo das penas de contorno
Bárbulas sem ganchos e geralmente sem raque
Função: conservação de calor
  1. Semiplumas: intermediárias entre plumas e penas de contorno
Bárbulas sem ganchos
Funções: conservação de calor, flexibilidade para a movimentação das penas de contorno e aumento da flutuabilidade das aves aquáticas
  1. Filoplumas: barbas e bárbulas esparsas e na ponta da pena. São mais associadas às penas mecanicamente ativas.
Funções: sensoriais, que auxiliam no controle dos movimentos das penas
  1. Cerdas: penas de contorno modificadas, não possuem vexilos.
Em geral, localizam-se ao redor dos olhos (proteção), narinas (filtragem de poeira do ar) e bico (captura de insetos)
  1. Plumas de pó: são as únicas que crescem continuamente e nunca sofrem muda. As barbas da ponta se desintegram em um pó fino e resitente à água.
Função: auxilia na resistência à água e preservação das penas

Bicos, Escamas e Garras

A pele das aves pode produzir uma variedade de estruturas dependendo de sua localização no corpo.
Pele apenas: cabeça e pescoço dos urubus
Estruturas densas e compactas (escamas, bicos, garras)
Estruturas leves e complexas (penas)

ESCAMAS: fornecem uma estrutura rígida, flexível e facilmente limpa para as patas das aves.

GARRAS: são escamas especializadas que protegem as pontas dos dedos. Podem ser bem adaptadas para escavar, limpar penas, arranhar, agarrar alimento, lutar.
São renovadas a partir da base.
Garras nas asas: alguns Falconiformes, Anseriformes e Rheiformes.
Machos de vários Galliformes: esporões nas patas usados em disputas por fêmeas.

BICOS: grande variabilidade dependendo do hábito alimentar. São essencialmente formados por uma camada compacta de céls. epidérmicas moldadas ao redor da porção óssea do bico.

Pele

Exterior / Interior

Funções:
· Proteger contra forças, substâncias e organismos prejudiciais;
· Evitar a perda de sangue e outros fluidos;
· Auxiliar na regulação da temperatura corporal;
· Aulixiar na locomoção e outros comportamentos;
· Fornecer suporte para órgãos de sensibilidada à dor, à temperatura, à pressão e à vibração.
Pele muito fina

Duas camadas: epiderme (mais externa),derme (mais interna)

Queratina localmente concentrada: penas, escamas, bicos, garras, esporões.

Musculatura lisa e estriada

Glândula uropigiana (a maioria das aves a possui)

Remoção experimental: deterioração das penas, bicos, escamas das patas.

Vitamina D: ergosterol (precursor)

Cristas, bolsas guturais – pele também

Homeotérmicos

As aves são homeotérmicas porque possuem a capacidade de manter a temperatura corporal relativamente constante á cusa de uma alta taxa metabólica gerada pela intensa combustão de alimento energético nas células.

Aves Terrestres

A maioria das aves terrestres da floresta são comedores de insetos e fugaz, embora quando caminham calmamente pela mata, não é incomum espantar os insetos. As florestas asiáticas são casas dos pavões e aves silvestres (no qual descendem de galinhas domésticas), além do conhecido pavão comum da Índia e Sri Lanka. O pavão comum vive grande parte do ano, em grandes bandos, mas no início da Primavera, no período reprodutivo, um único macho forma um harém com duas até cinco fêmeas. Apenas os machos têm pomposas plumagens elaboradas. O pavão verde tem é mais amplo em toda a região do Sudeste Asiático e é maior, com plumagem predominantemente verde e azul metálico.  

Adaptações ao voo

No seu caminho evolutivo, as aves adquiriram várias características essenciais que permitiram o voo ao animal. Entre estas podemos citar:
Diminuição do crânio, sendo este composto por ossos completamente fusionados no estágio adulto;
Rostrum (mandíbula + maxilar) leve, podendo ser "oco" (p. ex. em tucanos, Ramphastidae) e coberto por uma camada córnea, a ranfoteca;
Forame magno direcionado posteriormente, facilitando a posição "horizontal" da ave (quando em voo);
Diminuição do número de vértebras, em especial no sinsacrum (fusão de vértebras e outros ossos da cintura pélvica) e pigóstilo (vértebras caudais fusionadas);
Tarsos (mãos) com grande fusão de ossos, sendo que atualmente só se observam três dedos;
Fusão das clavículas formando a fúrcula (conhecido popularmente como "osso da sorte"), como adaptação ao fechamento dos órgãos dentro de uma caixa óssea;
Costelas dotadas de um processo uncinar (projeção óssea posteriormente direcionada de modo a fixar uma costela com a costela imediatamente atrás), também uma adaptação ao fechamento;
Prolongamento do osso externo e desenvolvimento da carena ou quilha esternal, sendo que, o primeiro também é uma adaptação à formação da caixa óssea e o segundo uma adaptação para a implantação dos músculos do voo, necessariamente fortes.
Fusão de ossos nas pernas (apêndices locomotores posteriores) formando a tíbia-tarso e tarso-metatarso.
Quanto a outros órgãos, as aves perderam os dentes (redução do peso total do animal) e as bexigas, e a grande maioria dos grupos de aves perderam o ovário direito. O sistema de sacos aéreos funciona em conjunto com o sistema respiratório (por isso a respiração em aves é diferente dos outros grupos de tetrápodes). Ainda tem função de diminuir a densidade do animal, facilitando o voo e a natação (no caso de aves que mergulham).

Apresentação

As aves  compreendem um grupo muito grande e bonito de animais. Chamam a atenção pela beleza e pelo canto. São os únicos animais que possuem penas. A conquista do vôo permitiu a estes animais habitarem locais de difícil acesso e até impossível para outras espécies.